segunda-feira, 1 de junho de 2015




A verdade é que se pode reconhecer uma mulher marcante há quilômetros de distância. 
Sem precisar sentir o perfume forte ou ver o batom vermelho. 
A mulher marcante dispensa acessórios, é completa em si mesma. 
Não precisa anunciar-se, por que tem o dom de não passar despercebida.
A mulher marcante nunca pretende incomodar, não gosta de provocar a inveja alheia. Um olhar de despeito não torna o seu dia mais alegre, pelo contrário, lhe é indiferente.
A mulher marcante sabe bem do seu poder, por isso consegue admirar tranquilamente a beleza alheia, elogiar a grandeza de outrem sem sentir-se diminuída. 
Vez ou outra ela sai bem vestida e bem maquiada, mas por trás daquilo tudo ainda exala um aroma de naturalidade que encanta. 
Cultua a beleza porque gosta, mas definitivamente não precisa. 
A sensualidade está presente, mas não se pode dizer de onde ela vem.
A mulher marcante é, sobretudo,sutil. 
Ela não grita aos quatro ventos a própria virtude, ela não precisa humilhar outras mulheres ou provocar os ex-namorados.
 Ela realmente faz toda a diferença. 
Ela sabe ser dispensada com um ar sensato que faz qualquer galã sentir-se um babaca. 
Ninguém jamais a abandona sem que se arrependa amargamente pelo resto da vida, e ela guarda um encanto que não deixa espaço pra críticas maldosas.
Ela é do tipo que não quebra promessas e não omite os próprios defeitos.
 Ela se aceita e nunca se desculpa por ser quem ela é.
 Ela compreende a efemeridade das coisas e das pessoas, mas se recusa terminantemente a ser efêmera.
 E não poderia ser, mesmo que quisesse, porque ela sempre vem pra ficar.
 Mesmo depois que vai embora, de alguma forma ela fica, porque é do tipo de mulher que não precisa se fazer presente para ser lembrada.
A mulher verdadeiramente marcante nunca se diz melhor que as outras, embora em muitos aspectos ela seja.
 Ela guarda os seios bem guardados numa blusinha discreta, em vez de espremê-los num sutiã menor que o seu manequim.
A mulher marcante não se importa de ter gostos peculiares.
 Ela não segue tendências, mas também não persegue a originalidade a todo custo. Ela não tem vergonha (e nem orgulho) de dizer que gosta do que ninguém gosta, ou que gosta do que todo mundo gosta.
A opinião alheia nunca é um problema para ela, porque, verdadeiramente, ela se basta.
Sem petulância e sem egoísmo, ela se basta. 
E por isso mesmo ela não sente necessidade de falar de si mesma, quase nunca.
Esse tipo de mulher sofre constantemente com a inveja alheia, embora, na maioria das vezes, sequer se dê conta. 
Ela se ocupa em tornar-se alguém melhor e superar os próprios limites, ela gosta tanto de distribuir bons sentimentos que os sentimentos ruins passam despercebidos diante de seus olhos.
E isso a torna, de certo modo, inatingível. 
Embora não queira e não precise incomodar, ela incomoda. E muito. 
Desperta, na verdade, uma enorme curiosidade em torno do que a faz tão atraente. Pouca gente entende. 
Não se sabe qual é o traço que chama tanta atenção, ninguém consegue identificar a virtude que a torna tão marcante. 
Mulheres marcantes são, sobretudo, raras.
É curioso: Quanto mais ela se esconde, mais evidente fica.
 Quanto mais neutra busca ser, mais marcante se torna. 
Leveza é o seu sobrenome, mas a sua presença pesa como nenhuma outra.

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